Foto: Getty Images No dia 1º de julho, o real comemorou 29 anos de seu lançamento como moeda oficial brasileira. A implantação da moeda, em 1994, foi uma das estratégias do Plano Real, desenvolvido durante o governo de Itamar Franco, para combater a inflação, que na época ultrapassava 2.000% ao ano.
De lá para cá, o real, que chega perto da casa dos 30 anos, perdeu valor pelo mesmo motivo que foi criado: a inflação. Com a alta dos preços desde 1994, a inflação acumulada da criação até maio de 2023 chegou a 677,50%.
Com isso, em comparação de valores, o valor de um real atualmente, naquela época seria o equivalente a apenas 12 centavos. Em outras palavras, segundo a calculadora oficial de inflação do Banco Central do Brasil (BC), para comprar um real de 1994, hoje seria necessário desembolsar 7,77 reais.
Isso porque, acompanhado da alta dos preços — também conhecida como inflação — está sempre a diminuição do poder de compra. Isso fica ainda mais evidente se colocado nos valores das notas.
Para ter o mesmo poder de compra de uma nota de 5 reais em 1994, agora seriam necessários 38,87 reais. Para uma nota de 50 reais da época, 388,75 reais de 2023. E, por fim, para adquirir os mesmos produtos com uma nota de cem reais de 29 anos atrás, atualmente seriam necessários 777,50 reais.
O mesmo vem acontecendo com a nota de 200 reais, a cédula mais recente lançada no país. Desde 2020, quando ela foi criada, já acumulou alta de 24,41%, o que representa 248,82 reais para ter o mesmo poder de compra.
O que foi o Plano Real?
O Plano Real foi um programa criado pelo governo para tentar conter a hiperinflação do Brasil, que chegava a 47% ao mês e até 5.000% ao ano, no início dos anos 1990.
Durante o governo de Itamar Franco, o presidente nomeou Fernando Henrique Cardoso ministro da Fazenda e lhe deu plenos poderes para desenhar uma estratégia para estabilizar a economia brasileira.
Cardoso montou uma equipe de economistas e desenhou o Plano Real, que foi implantado entre 1993 e 1994. A estratégia possuía três fases: a estabilização das contas públicas; a aplicação da Unidade Real de Valor, uma moeda paralela que atou na transição entre o cruzeiro real e o real; e, para fechar, o lançamento oficial do real como a moeda oficial brasileira.
A estratégia foi bem-sucedida e, ao fim de 1994, a inflação mensal do país já era de 1%.
Fontes: G1 e Banco Central do Brasil.
