Lançado em 2020, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros atualmente, segundo pesquisa realizada pela Opinion Box. Cerca de 80% dos entrevistados no estudo afirmaram usar o PIX e 65% o apontam como o meio favorito para pagamento. Um avanço se comparado ao resultado de 2022, que apontava o favoritismo do cartão de crédito.
Hoje, 41% dos participantes têm mais de três chaves Pix e escolhem o meio de pagamento porque não há taxa de transferência e o dinheiro cai na hora.
Diante de tanto sucesso, o Banco Central do Brasil (BC) estuda novas possibilidades para o Pix.
Dos mesmos criadores do Pix, vem aí o BolePix
O BolePix será uma versão do Pix para boletos. Segundo o Banco Central, em 2024, os brasileiros já poderão pagar as contas dessa maneira. Replicando o boleto em um QR code, a quantia poderá ser compensada no ato do pagamento, inclusive aos sábados e domingos. Em caso de atraso, por exemplo, o valor será atualizado automaticamente.
Para Renato Dias de Brito Gomes, diretor do BC, esse é um modo de unir as funcionalidades do boleto com a instantaneidade do Pix.
Já o Pix automático, poderá ser usado para pagamentos recorrentes, que precisam ser feitos todos os meses, como streaming, academia e contas de telefonia. Diferentemente do débito automático, que está disponível apenas para alguns bancos, o Pix automático permitirá o pagamento para todas as instituições. A previsão é de que, até o fim de 2023, os usuários consigam programar os pagamentos automáticos e possam viver sem a preocupação de perder prazos.
O Pix garantido ainda está em fase de desenvolvimento, mas a ideia é de que funcione como uma espécie de crédito para pagamentos via Pix. A implantação da ferramenta estimularia a competição do setor e, possivelmente, traria melhores condições para a oferta de crédito no país.
O BC está estudando o mercado para definir o lançamento dessa funcionalidade.
Do Brasil para a vizinhança
Além das novidades dentro de casa, em breve comerciantes argentinos aceitarão pagamentos por meio de Pix para compras realizadas por brasileiros em suas lojas.
A fintech norte-americana Fiserv será a responsável por viabilizar essa transação entre as moedas. O pagamento por Pix será feito com um QR code que será gerado com o valor em real, evitando que os brasileiros precisem recorrer a casas de câmbio para trocar a moeda quando visitarem a Argentina, facilitando o processo de compra.
O valor total já trará a conversão cambial e a taxa de IOF de câmbio, tributo pago sobre operações financeiras.
Fontes: Folha de S.Paulo e Estadão.