De um lado, defensores do meio ambiente a favor da preservação de uma das áreas de maior biodiversidade marinha. De outro, petroleiros e políticos dispostos a fazer perfuração no território em busca de poços de petróleo para o desenvolvimento econômico da região.
Esse é o cenário em torno da bacia da Foz do Amazonas. Localizada na costa do estado do Amapá, a região faz parte da margem equatorial, que se estende do Oiapoque até o Rio Grande do Norte. Estima-se que a área tenha uma reserva de mais de 30 bilhões de barris.
Em maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras para perfurar um poço localizado a 175 km da costa do Amapá. Segundo o órgão, o relatório entregue pela empresa não trazia informações suficientes para garantir a segurança contra riscos ambientais. Faltava um estudo chamado “Avaliação ambiental de área sedimentar” (Aaas), que analisa possíveis impactos socioambientais em decorrência da exploração de petróleo e gás natural.
Quem defende
A atitude gerou críticas não só da Petrobras, como também de políticos da região, que são a favor da extração do óleo, afirmando que o projeto pode ajudar a desenvolver economicamente a região. Os defensores têm como base de comparação países como Guiana e Suriname, cuja economia cresceu muito nos últimos anos com a exploração do petróleo.
No Senado Federal, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “é inadmissível” que o Brasil não possa conhecer suas potencialidades petrolíferas.
FONTES: ESTADÃO, ONU E VALOR ECONÔMICO.