O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, venceu as eleições com 52,2% dos votos e governará o país até 2028. No cargo há quase vinte anos, ele se tornou um dos líderes mais poderosos do país, mas passou a ser criticado pela maneira lenta como reagiu à perda das cerca de 50 mil vidas nos terremotos de fevereiro deste ano.
Essa foi a primeira vez que a eleição na Turquia foi para o segundo turno. O oponente de Erdogan, Kemal Kilicdaroglu, teve votação expressiva, ficando apenas quatro pontos percentuais atrás do presidente. O resultado mostra um país dividido e um cenário mais difícil para Erdogan administrar.
Um dos maiores desafios será a questão econômica. Com inflação de 64,3% em 2022, a Turquia ficou atrás apenas da Argentina — que chegou a 95,4% — considerando as nações que fazem parte do G20.
Com forte influência sobre o banco central do país, Erdogan demitiu três presidentes para manter a taxa de juros baixa. A ação ajudou a inflação a disparar e a moeda local, a lira turca, desvalorizar-se.
Apesar de ter sido eleito anteriormente com um discurso democrático, Erdogan foi se tornando mais autoritário, demonstrando-se conservador e contra as minorias étnicas e a comunidade LGBTQIA+.
FONTES: BBC, FOLHA DE S.PAULO E PODER360