Desde 2006, os amantes de tecnologia, games, internet, histórias em quadrinhos e filmes de super-heróis ganharam uma data para chamar de sua: o Dia do Orgulho Nerd (ou geek, como também é conhecido o termo), comemorado em 25 de maio.
A data, que também comemora o Dia da Toalha, foi escolhida para homenagear duas grandes produções que integram a lista de favoritos dessa galera: o legado do escritor Douglas Adams, que faleceu poucos dias antes de 25 de maio e tinha em uma de suas obras, O Guia do Mochileiro das Galáxias, a toalha como um objeto essencial e o lançamento do primeiro episódio da saga Star Wars.
Os números do mercado nerd
Se antes os nerds sofriam e eram excluídos na escola, atualmente carregam o título com orgulho, multiplicam-se e ganham produções feitas especialmente para eles, que não deixam de consumi-las.
Uma pesquisa realizada pela Rakuten Digital Commerce, empresa de soluções para o comércio virtual, atualizada em 2019, mostra que os consumidores do segmento geek gastam 40% a mais do que a média dos brasileiros. Se a média nacional é 329 reais, os nerds alavancam esse ticket médio para 548 reais.
De acordo com a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), em 2021, esse mercado movimentou, só no Brasil, 21,5 bilhões com marcas e produtos licenciados. No mundo, esse número chegou a 399 bilhões de dólares, segundo estudo da Brandar Consulting. A expectativa é de que o mercado ainda cresça de 5% a 10% ao ano, portanto 2022 e 2023 não devem ficar para trás.
Além de filmes como os da saga Star Wars e as produções da Marvel, que são sucessos de bilheteria em todo o planeta, os brasileiros têm outros interesses ligados ao tema. O Google divulgou que o Brasil é o segundo país que mais busca conteúdos considerados nerds. A série Naruto ocupa o topo da lista, seguida pelo jogo Free Fire e pelos livros de Harry Potter.
A pesquisa da Omelete Company destacou ainda o consumo de conteúdos de super-heróis, o preferido de 44% dos participantes, seguido por ficção científica (35%) e animação (34%).
Os jogos virtuais também colaboram com a movimentação bilionária. Cerca de 70% dos entrevistados jogam on-line e outros 27% acompanham quem joga. No Brasil, o mercado de games chega a movimentar 12 bilhões de reais por ano, segundo a PwC.
A estimativa feita pela consultoria Newzoo mostrou que 2,7 milhões de gamers devem gastar 200 bilhões de dólares com a indústria de jogos até o fim de 2023, em todo o mundo. É muito mais do que a fortuna de Tony Stark, estimada em 100 bilhões de dólares.
Fontes: Pagar.me e Istoé Dinheiro.