No dia 23 de maio, a Argentina apresentou a nota de 2 mil pesos aos cidadãos. Essa é a cédula de maior valor circulando pelo país. A iniciativa foi divulgada pelo Banco Central de lá em fevereiro e, desde então, tornou-se muito aguardada pelos argentinos.
No país a utilização do dinheiro em espécie é mais comum do que no Brasil, por exemplo. Os moradores e turistas costumam andar com notas na carteira, portanto, quanto maior o valor da cédula, menor será o volume a ser carregado.
Além da praticidade, o Banco Central argentino apostou na emissão para facilitar as transações bancárias, como afirmou em nota: “À medida que o processo de digitalização dos pagamentos avança, essa nota de maior valor melhorará o funcionamento dos caixas eletrônicos e, ao mesmo tempo, otimizará a transferência de dinheiro”.
O vizinho brasileiro passa por grandes problemas econômicos. Nos últimos meses, os níveis de inflação impressionaram e bateram recordes. Em abril, a inflação alcançou 8,4%, chegando a 109% em 12 meses, o maior índice das últimas décadas.
A nova cédula de 2 mil pesos equivale, na cotação atual, a 42,32 reais, 8,51 dólares e 7,90 euros.
Curiosidades da moeda brasileira
Atualmente, a maior nota em circulação no Brasil é de 200 reais. A cédula foi lançada em 2020, durante o primeiro ano da pandemia de covid-19. Na época, especialistas afirmaram que a decisão de implantar uma nota de maior valor era o custo de impressão. Ou seja, imprimir uma nota de 200 reais é mais barato do que imprimir quatro notas de 50 reais, por exemplo.
Durante um período de crise e incerteza como acontece em uma pandemia, a tendência é de que as pessoas acumulem reservas em casa, ou seja, saquem os valores que estão nos bancos. Pensando no aumento da demanda pelas notas e considerando o custo da impressão, o Banco Central brasileiro se antecipou e lançou a nova cédula, que está em circulação por todo o país.
Mas a maior cédula já emitida pelo Brasil foi de 500 mil cruzeiros, em 1993, um ano antes de o real ser introduzido. A nota de meio milhão circulou pelo país durante oito meses.
Fontes: Banco Central e Valor Econômico.