Foto: Getty Images A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que, no mês de abril, a Índia ultrapassou a China e passou a ser o país mais populoso do mundo, com 1,428 bilhão de habitantes. O país de Xi Jinping, que liderava o ranking desde 1950, quando o levantamento começou a ser feito, tem visto a população diminuir, com o número de mortes superando o de nascimento. Hoje, a população estimada da China é de 1,425 bilhão de pessoas.
A mudança acontece em um momento em que a Índia começa a ganhar destaque no cenário mundial. O país tem atraído multinacionais que tentam diminuir a dependência da China.
Em abril, segundo dados da consultoria Kpler, a Índia se tornou o maior fornecedor de combustíveis refinados para a Europa. Vale dizer que essa liderança foi conquistada graças à compra de quantidades recorde de petróleo da Rússia, que segue em guerra com a Ucrânia e viu o mercado europeu se fechar para seus produtos.
O que os especialistas começam a se perguntar é se a Índia usará essa vantagem como fez a China, que se tornou uma superpotência empregando jovens como mão de obra abundante e barata.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) de 3 trilhões de dólares, a Índia é a quinta maior economia do mundo. Um dos setores mais avançados no país é o de tecnologia. Não por acaso, muitas multinacionais terceirizam serviços de TI utilizando trabalhadores indianos.
Assim como o Brasil, a Índia é um país muito desigual. Cerca de 80% dos trabalhadores de lá ainda estão em empregos informais, com baixos salários e praticamente nenhum benefício. Um dos desafios da nação será proporcionar emprego de qualidade para sua abundante população jovem.
Fontes: Estadão, ONU e Valor Econômico.
