Ter um planejamento financeiro é essencial desde que recebemos nosso primeiro dinheiro, independentemente da quantia. Quando temos um valor em mãos e não determinamos um destino definido para ele, as chances de gastar com bobagens ou compras por impulso são grandes. Para evitar esses deslizes, é preciso organização, como falamos na reportagem “Ganhei meu primeiro dinheiro, e agora?”.
O segundo passo é passar a anotar os gastos, diferenciando o que são despesas fixas de despesas variáveis. Entenda a distinção e não deixe para depois a organização das suas finanças.
Despesas fixas
São aquelas recorrentes, que surgem todo mês, sem exceção, e que não sofrem grande variação de valor. São as dívidas previsíveis, que você sabe que terá que pagar mensalmente, portanto não são nenhuma surpresa. Aquele famoso boleto que te visita todo mês, como de:
- Aluguel e condomínio (no caso de apartamentos);
- Mensalidade da faculdade ou curso;
- Mensalidade da academia;
- Plano de saúde;
- Planos de assinatura de TV e internet;
- Mensalidade do pacote de streaming;
- Seguro de imóvel, veículo ou celular;
- Prestações de empréstimo ou financiamento.
Despesas variáveis
As variáveis são o oposto das fixas, ou seja, mudam todo mês, tanto no que se refere ao valor como à participação mensal. Por exemplo:
- Alimentação (compras em mercados, padarias e feiras ou delivery);
- Transporte (uso de transporte público, carros de aplicativo ou gasolina do próprio veículo);
- Estacionamento;
- Contas de água e luz;
- Farmácia e higiene pessoal;
- Passeios e viagens;
- Lazer (idas a cinema, teatro, clubes, museus, bares, restaurantes etc.);
- Vestuário;
- Presentes.
Organize os gastos
Quanto mais consciente você estiver dos detalhes de sua vida financeira, mais fácil será equilibrá-la e alcançar seus objetivos, sejam eles sair do vermelho, poupar para um curso ou investir.
Para deixar seus gastos cada vez mais claros, a XP Educação separou dicas para entendê-los e alavancar a organização do seu dinheiro.
Entenda as despesas
Mais do que saber o que é uma despesa fixa ou variável, vale ter uma visão geral do quanto é alocado em cada uma das frentes de custos. Assim, é importante ter um documento para organizar as despesas, que pode ser uma planilha, um aplicativo ou anotações à mão. Concentre de um lado os gastos fixos e no outro, os variáveis dos últimos três meses, assim você terá uma média de quanto essas atividades preenchem o seu orçamento. A partir disso, destaque suas prioridades e necessidades.
Analise as despesas
Agora que você já conhece seus gastos, é preciso avaliar se estão de acordo com a sua renda ou não. Em caso negativo, volte à sua lista de prioridades e dê uma olhada no que pode ser cortado para que os valores sejam compatíveis. Em caso positivo, você verá a quantia que ainda tem livre e poderá pensar em como utilizá-la.
Defina um valor para as despesas variáveis
Ninguém quer usar todo o dinheiro para pagar despesas, certo? Vale deixar uma reserva para investir e/ou poupar. Alguns métodos podem ajudar nessa tarefa, por exemplo, o 50-30-20, em que você distribui os gastos em:
50% da renda para gastos essenciais (moradia, contas de consumo, alimentação etc.);
30% da renda para despesas com estilo de vida (lazer, moda, cultura, viagens etc.);
20% da renda para prioridades financeiras (dívidas, poupança e investimentos).
Reduza gastos
Com as dívidas organizadas, fica mais fácil pensar em estratégias para reduzir os gastos desnecessários, principalmente quando você deseja poupar para um objetivo futuro. As despesas variáveis costumam ser mais fáceis de tirar do orçamento, mas muitas vezes até as fixas podem ser reduzidas. Vale analisar.