Aluna uniformizada segurando um tablet Um estudo divulgado pelo Banco Mundial mostrou que a saúde, a educação, e a nutrição oferecidas a uma criança são capazes de impactar muito o desenvolvimento de seu potencial. Batizado de “Relatório de Capital Humano Brasileiro” (RCHB), o trabalho criou um indicador para monitorar o desenvolvimento do potencial das crianças: o Índice de Capital Humano (ICH).
A intenção do indicador é estimar qual seria a produtividade esperada de uma criança nascida hoje quando chegasse aos 18 anos, levando em consideração a qualidade de vida e os estímulos que recebe. A nota pode ir de 0 a 1, sendo 1 o índice de uma cidade onde a criança recebe as melhores condições de vida, no que diz respeito à saúde e educação.
Pelo estudo, a nota do Brasil como um todo é 0,60. Isso significa que uma criança brasileira nascida em 2019 alcançará, em média, 60% de seu potencial. Os 40% restantes não serão desenvolvidos, ou seja, essa porcentagem de talento deixará de ser usufruída pelo jovem e aproveitada pela sociedade.
Considerando-se as diferenças socioeconômicas entre as localidades, o cenário fica ainda mais crítico. O ICH de uma criança nascida no Norte e Nordeste, por exemplo, é de 0,50 — isso significa um aproveitamento de apenas metade de todo seu talento.
