Ilustração em 3D das mudanças climáticas no planeta “Após dez meses de 2024, agora é virtualmente certo que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano com mais de 1,5ºC (graus Celsius) acima dos níveis pré-industriais, de acordo com o conjunto de dados ERA5. Isso marca um novo marco nos registros de temperatura global.”
Esse foi o alerta feito por Samantha Burgess, diretora adjunta do Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S), em relatório divulgado pelo órgão no dia 7 de novembro.
Para não atingir essa marca, a temperatura média do planeta teria que ficar abaixo de zero até o fim do ano, o que é praticamente impossível.
Por que esse marco é importante?
Em 2015, grande parte das nações mundiais assinou o Acordo de Paris, comprometendo-se a diminuir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) para evitar que a temperatura média do mundo subisse acima de 1,5ºC em comparação com os níveis pré-industriais, que abrangem o período de 1850 a 1900, época em que se deu início à exploração de combustíveis fósseis pelas nações industrializadas.
Acima desse nível, o planeta poderia enfrentar fenômenos climáticos extremos e danos irreversíveis ao meio ambiente, como muitas inundações, secas severas e a extinção total dos recifes de coral.
Como evitar isso? Segundo os cientistas, só será possível impedir que isso aconteça se houver uma ação forte de todos os países para diminuir as emissões de GEEs.
“Esse dado deve servir como um catalisador para aumentar a ambição para a próxima Conferência Sobre Mudança Climática, a COP 29″, completou Burgess.
A COP 29 começa no dia 11 de novembro, em Baku, no Azerbaijão. Confira a reportagem do TINO que fala sobre o evento.
Fonte: Copernicus.
